sexta-feira, 12 de março de 2010

Dar uma segunda chance ao outro ou a si próprio?

Antes de tudo, eu gostaria de dizer que sofro de "escrita compulsiva"- expressão inventada agora por mim - ou seja, tenho sérias dificuldades em parar de escrever ou ser objetiva, quando estou envolvida em um texto. Mesmos com textos inúteis como esse abaixo. Ah! Eu também não vou reler o texto, então desconsiderem erros de gramática e de concordância.
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Esse questionamento surgiu de forma inesperada durante o meu banho (sempre!). Enquanto ensaboava o corpo, fiquei pensando na minha medíocre vida sentimental e como eu sou complicada, confusa, volúvel e racional. Nesse exato momento da minha vida, ano de 2010, eu resolvi dar uma certa chance a duas pessoas diferentes, que foram afastadas da minha vida por motivos também diferentes: um eu expulsei, via torpedos e e-mails - eu achava que ele não dava a atenção que eu merecia - e o outro me sacaneou bonito, no ápice da paixão, tesão, etc e eu o coloquei para correr!
Esses dois casos, eu poderia dividir em 3 capítulos: o início, o fim e o retorno. O início não vem ao caso contar, mas posso dizer que meu envolvimento com ambos foi muito intenso e feliz -enquanto durou, é claro. O fim foi uma dureza danada, com o primeiro eu chorei, chorei e chorei. Podem acreditar, eu consegui chorar o tempo todo durante durante o trajeto da minha casa até o meu antigo estágio, que durava em média uma hora e pouca. Foi o surto final. Quando eu falei 'ou fode ou sai de cima'. O pior foi que eu sequer perguntei, falei que não queria mais e ponto final. Vendo ontem o primeiro espisódio de Sex and the City, eu vi que minha situação era muito parecida com a da Carrie Bradshaw: eu sempre fui aquela 'mulher' segura, que nunca havia se apaixonado e, quando o cupido finalmente me flechou, eu não sabia lidar com toda aquela situação, com aquela maré de sentimentos. Já com o segundo, foi uma situação bem mais delicada. Foi bem rápido e louco: com duas semanas eu já estava bem apaixonada e acreditava que ele também estivesse, até eu viajar, ficar uma semana fora e na volta descobrir que nesse pequeno intervalo de tempo, ele começou a namorar outra pessoa. Quando ele disse isso para mim, eu agi com toda a minha frieza natural, embora eu tivesse vontade de socar a minha cabeça na parede de tanto ódio - de mim e, principalmente, dele. Naquele mesmo dia, eu prometi a mim mesma que ia fazer de tudo para que ele se arrependesse. Com a minha determinação para coisas estúpidas e desnecessárias, eu consegui. Eu teria soltado fogos se não tivesse acontecido um imprevisto: eu me envolvi de novo.
Aí começa o último capítulo da história: o retorno. Quando eu resolvi, enfim, me permitir ser hipócrita, tendo total consciência disso e dar essa chance ao vacilão (Viva a Perlla! hahahaha!), eu voltei a falar com o primeiro. Resultado: eu embaralhei o meio de campo de novo. Agora eu não sei o que eu quero, se eu quero e, principalmente, quem eu quero. Eu acho que quero os dois, porque de uma certa forma, um completa o outro. Mas eu sou preguiçosa e sincera demais ao ponto de não conseguir manter as duas relações. Mas uma coisa eu sei: o segundo está na frente.
Bem, voltando ao banheiro, eu fiquei pensando nessa minha concepção de segunda chance. Em relação ao primeiro, eu descobri que estou dando essa segunda chance a mim mesma e não a ele. Mas confesso que estou arrependida: eu assumi os meus erros, ele assumiu os deles e as coisas estão do mesmo jeito que estavam no início do ano passado. Eu vi que algumas pessoas têm noção dos seus próprios erros mas são incapazes de agir. Tem um filme passando de novo na minha cabeça.
Dr. Gregory House disse uma vez: - People don't change. Eu concordo em gênero, número e grau, quando se trata de caráter, mas isso não impede que as pessoas mudem suas atitudes. Apesar de todo o meu sarcasmo e ironia, eu me considero uma mulher bastante ingênua no que se diz respeito a assuntos amorosos. Mas eu sou inteligente o suficiente para saber que pau que nasce torto, nunca se endireita.
Então é para você, querido número um, meu primeiro amor, que eu canto:
"(...)Agora não vou mais me enganar
não quero mais sofrer, não dá.
Se o teu desejo era me ver,
se deu vontade de saber
se estou feliz, até posso dizer que sim
o teu reinado acabou,
chegou ao fim.
Eu não nasci para você
e nem você para mim."
A menos que você me prove o contrário, eu serei sua. Enquanto isso você é retardatário do meu adorável cafajeste.

Um comentário:

F.riot ⚓ disse...

Acho que nenhuma homem tem a capacidade de mudar os erros, mesmo que eles tenham consiencia deles....