sábado, 17 de julho de 2010

Quartetos sem Fim - homenagem a Karen.

s14 não se esqueça
altura do Palazzo por favor
apesar dos problemas do Rio
Campinas ainda é um horror.

saltos descem a escada
choperia brazooka ou circo voador?
primeira vamos dar uma olhada
no samba na rua onde fica o fervor.

primeira lata de cerveja
mãos para o alto, um brinde à amizade
somos todos grandes amigos
em uma união desprovida de vaidade.

bonita e sensual
o que é dela, está em São Paulo
estou com medo, pois não tenho permissão
para falar o nome dele, seu homem, que se chama Saulo.

superaram as barreiras
agora eles têm história para contar
passaram uma borracha nos problemas
e resolveram, enfim, se casar.

pelo msn ela conta
os 'causos' tim tim por tim tim
vida a dois é complicada
mas não para uma história de amor sem fim.

dona de uma personalidade forte
você pode amar ou odiar
essa mulher se chama Karen, meu amigo
amiga como ela é difícil encontrar.

não sei escrever poema
isso está mais mais parece cordel ou coisa de repentista
as palavras são tantas e no escuro estou
que a claridade do monitor me faz doer a vista.

estou escrevendo isso
para massagear o seu ego leonino
agora me apresente alguém de campinas, mulher!
pode ser idoso, jovem ou até algum menino.

vou ficando por aqui
as rimas estão começando a desandar
voltando no 398 bêbada, da lapa
bangu está chegando, acorde a menina, ELA PRECISA DESEMBARCAR!

domingo, 4 de julho de 2010

Tenha dó de mim,

pobre coração que agora só quer saber de amar. Durante anos eu fugi e me escondi desse sentimento. Que grande erro! Melhor seria se eu tivesse permitido que ele entrasse de maneira mais natural na minha vida. Porém eu me enganei e, no susto eu já estava lá derretida e caída aos pés do meu primeiro amor. Passou e depois veio outro e agora, mais outro. Assim não há ser humano que aguente. Saudades dos príncipios da minha adolescência, onde eu acreditava que amor era o sentimento que sentia apenas pelos meus pais e minha irmã, que nenhuma outra pessoa sem vínculo sanguíneo despertaria isso em mim. Agora estou aqui malfadada e condenada a essa coisa, que não tem forma, que não se vê, mas se sente, que machuca. Não quero ser intensa, não acredito que exista ninguém merecedor do meu amor e da minha entrega, mas por que cargas d'água eu me sinto mais viva assim? O que há de tão fascinante nessa algema imaginária que me prende à outra pessoa? Por que não há uma razão ou lógica que prevaleça e me preserve de tanta angústia? Eu sou apenas destroços de amores que não pude viver, seja pela minha vontade ou pela vontade dos outros. Aliás, esse é o meu grande problema: amores inconciliáveis. Alguém concebe a idéia de se apaixonar pelo seu ex, que você desprezou há quatro anos atrás? É o que eu mais temo, me desespero só em cogitar a hipótese. Mas eu estou com mania de amar, não tenho como evitar. Se não for ele, será outro. Um maldito círculo vicioso. A roda da vida, o motor que me mantém ligada. A eterna espera. Pobres poetas românticos que se suicidaram quando descobriram que o amor não é composto apenas de ternura. Hoje em dia, não existiria o trágico fim de Romeu e Julieta. Shakespeare faria deles amantes. E pobre do Noel Rosa que chorou ao ler a carta da Dama do Cabaré, onde ela dizia que "quem é da boemia usa e abusa da diplomacia, mas não gosta de ninguém". O amor é boêmio, malandro e enganador. No fundo, efêmero. Etta James cantou que preferia ficar cega a ver o seu homem ir embora. Goya se isolou e entrou em sua fase negra ao perder o seu grande amor. Histórias de amor bem sucedidas são poucas. Amy Winehouse morrereia por ele e hoje quer apagar seu nome tatuado no lado esquerdo do peito. Piaf disse que o amor é 'uma triste maravilha'. Por Arlindo Cruz, Maria Rita se questiona por que recebe menos quem mais tem para dar? Por que é que tem que ser assim? Nelson Cavaquinho disse que o sol não pode viver perto da Lua. Pobre Carlitos que sempre sofria pela mocinha nos filme de Chaplin. “Mas o amor não existe para fazer a gente feliz?", perguntou Charlie Brown, vulgo Minduim. Raulzito gritava que quando jurou o seu amor, traiu a si mesmo e ainda afirmou que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez.
O amor é um sentimento universal. É contraditório. É a esperança. Lágrimas escorrendo pelo rosto. Deveria ser obrigatório na passagem de cada um pela Terra, porque é algo um não pode falar pelo outro. É peculiar, pessoal e intransferível. É simplesmente Amor, responsável pelas maiores alegrias e tristezas. Que te faz sentir vivo e morto. Que não sei explicar, então o que me resta é a lamentar. Tenho fé em Paulinho da Viola, que sussurra todos os dias no meu ouvido através do fone do mp3:
"Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos
Ficou, ficou
Só um amor pode apagar"